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Como esperado, o Banco Central Europeu reduziu a taxa de refinanciamento em 25 pontos-base. No entanto, o banco central conseguiu surpreender. Nos últimos três meses, o BCE reduziu as taxas de juros em um total de 85 pontos-base, enquanto a inflação desacelerou para 1,7%, abaixo da estimativa preliminar de 1,8%. Nesse contexto, uma pausa na flexibilização monetária parecia, no mínimo, lógica. Contudo, Christine Lagarde anunciou ontem que haverá outro corte de juros, já em dezembro deste ano, com mais 25 pontos-base. Esse desdobramento foi uma surpresa completa para os investidores, levando a moeda única europeia a continuar perdendo terreno.
Apesar disso, a fraqueza do euro poderia ter sido mais acentuada se não fosse pelos dados macroeconômicos dos EUA. Especificamente, a taxa de crescimento das vendas no varejo nos Estados Unidos desacelerou de 2,2% para 1,7%, um resultado levemente melhor do que a previsão de 1,6%. Por outro lado, a queda na produção industrial se intensificou de −0,2% para −0,6%, enquanto se esperava um crescimento de 0,4%. Em outras palavras, os dados dos EUA forneceram algum suporte para o euro.
De qualquer forma, a condição de sobrecompra do dólar piorou ainda mais, e o mercado claramente se apegará a qualquer motivo, por menor que seja, para iniciar ao menos uma correção local. Entretanto, o calendário macroeconômico de hoje está, em geral, vazio. Talvez a mídia forneça algum motivo. É provável que o mercado se consolide nos níveis atuais, caso não ocorram eventos significativos.
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*A análise de mercado aqui postada destina-se a aumentar o seu conhecimento, mas não dar instruções para fazer uma negociação.