Cabe a você acreditar nas previsões astrológicas feitas para o ano do Tigre da Água. Gostaríamos de lhe apresentar as previsões para os mercados financeiros fornecidas pela Bloomberg, uma das principais agências de notícias dos EUA, com base nas questões-chave sugeridas por mais de 50 empresas de investimento. Quais questões darão o tom ao longo de 2022?

O primeiro deles é certamente uma inflação alta que deve persistir em todo o mundo além de 2021. Os principais bancos centrais têm um pequeno número de ferramentas à sua disposição para controlar a inflação. Ao mesmo tempo, os erros nas políticas monetárias representam graves riscos. Os bancos centrais enfrentam um dilema: uma desaceleração das economias nacionais, por um lado, e uma inflação em alta, por outro. As autoridades monetárias em todo o mundo consideram mais desafiador lidar com a inflação alta mês após mês. Neste contexto, a inflação desenfreada vai corroer as oportunidades de investimento este ano. Muitos analistas advertem que os investimentos em ações trarão apenas retornos de um dígito.

O número 2 é uma mudança nos investimentos ativos em vez de investimentos passivos. O ano de 2021 foi benigno para gigantes americanos de alta tecnologia como Apple, Tesla, Alphabet, Microsoft, entre outras. Os analistas apontam que uma participação média de uma empresa do índice S&P 500 já perdeu 15% de sua alta de um ano, embora o próprio índice tenha perdido apenas 2%. Em outras palavras, 15 gigantes são responsáveis por 40% da capitalização de mercado do S&P 500. Os analistas advertem que eles já atingiram seu pico de lucros. Assim, seria uma boa estratégia investir em empresas ou bancos de energia fora dos Estados Unidos, em primeiro lugar, sediados na Europa.

O 3 é a receita dos fundos de hedge, pois os analistas esperam um aporte de capital recorde neles. A demanda por estes investimentos foi baixa devido à crise da COVID-19. Hoje os investidores estão ansiosos para alcançar os retornos. Os especialistas também antecipam uma demanda dinâmica por ativos além dos EUA, além de ativos de pequena e média capitalização.

O número 4 é um declínio nos retornos dos investimentos diretos com relação há um ano atrás. Os retornos dos investimentos diretos têm aumentado na última década, abrindo assim o caminho para um amplo fluxo de capital. Como resultado, os fundos de hedge arrecadaram taxas por seus serviços. As taxas devem crescer pois as empresas de investimento de Wall Street lidam agora com quase US$ 1 trilhão. Atualmente, tais fundos de investimento direto estão armazenados em contas de investimento direto. Portanto, é provável que os retornos dos investimentos diretos venham a diminuir.

O número 5 é o mercado de criptomoedas em expansão. O Bitcoin está ganhando preferência junto aos participantes do mercado que consideram o token digital como um investimento principal nos dias atuais. Uma enxurrada de investidores de criptomoedas contribuiu para a crescente capitalização de todo o mercado de cripto, que ultrapassou os 3 trilhões de dólares no quarto trimestre de 2021. Isso significa que os fundos de hedge com boa reputação estão prontos para adicionar moedas criptográficas a suas carteiras. Por sua vez, o amplo reconhecimento dos cripto ativos atrairá novos investidores. Além disso, mais empresas de capital aberto farão investimentos corporativos em moedas digitais e venderão suas ações em tokens digitais.

A questão 6 são os ETFs. Os fundos negociados em bolsa foram criados como uma estratégia de investimento passivo. Na verdade, as ações de ETF são um novo tipo de derivativos que são negociados como ações ordinárias. Os primeiros ETFs (tanto ETFs com alavancagem quanto ETFs reversos) foram inventados em 2006. ETFs de nicho ou ETFs temáticos foram lançados há mais de 10 anos. Por enquanto, quase 10 trilhões de dólares são administrados na indústria de ETFs. Qualquer instrumento financeiro evolui ao longo do tempo. No caso dos ETFs, os ETFs de risco e virtuais cresceram em 2021. Além disso, as ETFs sintéticas ganharam popularidade. Ao contrário de uma ETF convencional, uma ETF sintética é um tipo ativo de investimento em instrumentos duvidosos com comissões inflacionadas.

O número 7 é um investidor varejista médio cujo perfil vem mudando ano após ano. De acordo com o JP Morgan, o nível de renda de um investidor médio se estabeleceu ligeiramente acima de uma taxa de inflação e muito abaixo de qualquer soma de investimento nos últimos 20 anos. A baixa renda de um investidor médio vem de alguns maus hábitos, tais como decisões emocionais, vendas erráticas e informações fundamentais mal entendidas. Os analistas sublinham a disciplina como a característica principal para multiplicar a renda. Esta característica faz uma grande diferença no retorno do investimento.